Quando o assunto é o futuro da educação comumente nos deparamos com termos como Educação 4.0 (até 5.0) e diversas novas metodologias de ensino (Sala de Aula Invertida, Peer Learning, etc…) que tem como foco trabalhar uma série de habilidades em nossos alunos que sejam complementares às tradicionais, e importantes, habilidades do campo cognitivo. Cada vez mais instituições de ensino vem procurando incorporar essas práticas em suas atividades acadêmicas e, consequentemente, construir um currículo mais completo para seus alunos e que valorize mais as habilidades socioemocionais.
Dentre as várias características que são trabalhadas e estimuladas nas atividades com nossos alunos, algumas das mais citadas pelos responsáveis estão diretamente relacionadas com a questão do espírito e atitudes de liderança. Afinal, ao olhar a descrição de uma vaga para gestores na maioria das grandes empresas, você verá que estão à procura de alguém capaz de “liderar equipes” e com “postura de dono”. Mas como é possível desenvolver isso nos alunos? Bom, não creio ser possível fazer isso sem antes trabalhar e estimular essas mesmas características em nossos professores, e já há um movimento, cada vez maior, de escolas que pensam da mesma forma.
Progressivamente, as contratações de professores vêm sendo guiadas não só pelas suas habilidades técnicas, mas também pela sua forma de pensar, agir e como suas emoções são desenvolvidas e trabalhadas. E isso não é obra do acaso. Somos movidos por inspirações, principalmente as pautadas por atitudes.
É claro que não existe uma fórmula mágica ou manual que nos ensine a ter uma postura genuinamente de liderança ao longo de nossas vidas. Tão pouco as atitudes mais impactantes precisam ser, necessariamente, aquelas com maior repercussão. Às vezes, gestos simples, dentro de nossa própria sala de aula já podem fazer toda diferença.
Separamos uma série de dicas que podem ser colocadas em prática já nas próximas aulas e que também servem como fonte de reflexão para nossas atitudes como profissionais. Lembre-se que a liderança pode se manifestar de várias formas e através de pequenas atitudes no dia a dia e nos ajudar em diversas questões relacionadas ao trabalho docente.
Lembre-se que eles nos observam e muitos se espelham em nossas atitudes. Procure ser mais receptivo(a) aos feedbacks da coordenação e às opiniões dos alunos sobre alguma atividade.
Por fim, uma dica tão importante quanto as anteriores: valorize o que há de melhor nos seus alunos. Nem todas aquelas pessoas na sala de aula tem a mesma forma de aprender. Alguns aprenderão melhor por vídeos, outros com desenhos. Você encontrará alunos que só entendem quando colocam a “mão na massa” e outros que tem uma incrível capacidade de abstração. Há alunos mais sensíveis e outros, mais objetivos. Sempre podemos fazer um pouco mais para atingir um grupo cada vez maior.
Nossa despedida hoje será com a rápida história de Gillian Lynne. Quando era criança, Gillian não estava indo tão bem nas matérias da escola e, por consequência, sua mãe foi orientada a levar a filha a um especialista. Depois de conversar por um tempo, o doutor convidou a mãe para conversar do lado de fora da sala. Ao olharem pela janela viram Gillian em pé e dançando conforme a música que tocava em um rádio. No final de contas Gillian não estava doente, ela era uma dançarina. Finalmente, ao entrar na escola de dança, a menina descobriu que haviam outras pessoas que, assim como ela, pensavam melhor em movimento. Dotada de um talento natural, Gillian Lynne recebeu diversos prêmios ao longo de sua vida como bailarina e foi responsável por duas das coreografias mais aclamadas da história da Broadway: Cats e O Fantasma da Ópera.
Para saber mais sobre essa história fantástica, veja o vídeo da palestra de Sir Ken Robinson no TedTalks
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